O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna a Brasília neste domingo (30) após uma visita oficial ao Vietnã e ao Japão. Durante uma semana, Lula e sua comitiva, composta por ministros e parlamentares, participaram de negociações comerciais estratégicas para fortalecer as relações do Brasil com países asiáticos, em um cenário marcado pela guerra tarifária entre China e Estados Unidos.
No Vietnã, o chefe de Estado brasileiro tratou da abertura do mercado local para a carne brasileira, além de discutir a possibilidade de o país se tornar um hub de distribuição da proteína para os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), bloco regional que reúne dez países. Já no Japão, um dos principais resultados da viagem foi a venda de 15 aeronaves da Embraer para a companhia Air Nippon Airways (ANA), com a expectativa de negociar mais cinco unidades. O acordo, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, representa um investimento de quase R$ 10 bilhões.
Além disso, o Brasil e o Japão firmaram memorandos de cooperação em diversas áreas, incluindo comunicação, agricultura, meio ambiente, educação, tecnologia e saúde. Durante sua passagem pelo país asiático, Lula também manifestou a intenção de trabalhar por um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Japão. O Brasil assumirá a presidência rotativa do bloco no segundo semestre deste ano.
A comitiva presidencial contou com a presença de diversos parlamentares, em um momento em que se intensificam as discussões sobre uma possível reforma ministerial e a demanda de partidos políticos por mais espaço no governo. Entre os integrantes da delegação estavam os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), além dos ex-presidentes das Casas, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também participaram líderes partidários como os deputados Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Dr. Luizinho (PP-RJ) e Pedro Lucas (União-MA).
A próxima viagem internacional de Lula está prevista para maio, quando o presidente deve visitar a Rússia para participar das comemorações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.