Lula escolhe Zanin para vaga de Lewandowski no STF, diz aliado

Ele defendeu o mandatário nos processos relacionados à Operação Lava-Jato e, desde o início deste ano, era considerado o favorito para o posto

Foto: Reprodução
Cristiano Zanin

Na quarta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo e escolheu outro nome para suceder o cargo de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai se aposentar em breve. De acordo com a Veja, um petista veterano e com laços no mundo jurídico informou ter ouvido o chefe do governo afirmar que já tomou a decisão e seu eleito é o advogado Cristiano Zanin.

Ele defendeu o mandatário nos processos relacionados à Operação Lava-Jato e, desde o início deste ano, era considerado o favorito para o posto. Porém, por uma questão de cortesia, o anúncio sobre Zanin só seria feito após a formalização da aposentadoria de Lewandowski, que foi antecipada para uma data próxima ao dia 11 de abril, um mês antes do ministro completar 75 anos.

Se algo extraordinário acontecer nesse período, Lula pode mudar de ideia, mas a conversa que o presidente teve hoje acabou com qualquer tipo de chance que os outros concorrentes pudessem ter. Cristiano Zanin ainda não teve uma conversa definitiva com o chefe do governo sobre este assunto.

Ex-presidente e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello se uniu a colegas no apoio à indicação de Zanin para vaga na Corte. Segundo ele, o advogado “ostenta todos os atributos pessoais e profissionais necessários”.

“O dr. Cristiano Zanin, paulista de Piracicaba, preenche, integralmente, as condições que a Constituição exige para investidura no cargo de Juiz da Suprema Corte brasileira. É o respeito a tais requisitos constitucionais que legitima a escolha, pelo Presidente da República, de um futuro magistrado do STF! É isso que importa”, afirmou, ao jornal O Globo.

Ele ainda defendeu o advogado, que recebe críticas por já ter defendido o presidente Lula na Justiça, e disse que o fato “não o desqualifica para o elevado ofício que exercerá na Corte nem descaracteriza os requisitos constitucionais que ele efetivamente preenche”.

Com informações da Veja