Kássio Nunes não tem amigos no STF e não conhece a maioria dos colegas pessoalmente

Ele já participou de dezenas de sessões virtuais, realizadas por videoconferência por conta da pandemia

Foto: Brasil de Fato
Kássio Nunes

Da Coluna de Carolina Brígido no UOL, via DCM 

Com pouco mais de cinco meses ocupando uma das onze cadeiras do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Kassio Nunes Marques ainda não fez amigos na Corte. O novato tomou posse em 5 de novembro do ano passado em situação atípica. No meio da pandemia, ele não foi recebido no tribunal nem com evento íntimo, muito menos com festa animada, como manda a tradição. De um certo ponto de vista social, sua chegada à corte ainda não aconteceu. A circunstância dificultou o entrosamento no Supremo.

Depois de participar de dezenas de sessões virtuais, realizadas por videoconferência por conta da pandemia, Nunes Marques ainda não conheceu pessoalmente boa parte dos novos colegas. As conversas foram limitadas a ligações telefônicas breves, ou à conversa menos formal que os ministros travam pelo aplicativo de vídeo pouco antes de começar a sessão de julgamentos.

Em tempos normais, a antessala no plenário do STF serve como palco para conversas mais amenas, regadas a café, frutas e pão de queijo. É no salão branco, onde fica essa antessala, que os ministros batem papo nos intervalos das sessões e desfazem eventuais mal entendidos. É também o local para se contar piada e falar da família. Cármen Lúcia tem sempre um “causo” para contar – como suas conversas divertidas com taxistas. Sem esse ambiente, fazer amigos no Supremo fica mais difícil.