Grávida pela segunda vez após estupro, uma menina que completou 12 anos no dia 18 de setembro aguarda há 1 mês a decisão da justiça para realizar um procedimento de aborto legal no Piauí.
A menina foi estuprada pela primeira vez em janeiro de 2021 aos 10 anos por um primo de 25 anos. À época, a mãe, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto. A menina deu à luz em setembro do mesmo ano.
O primo que a estuprou foi assassinado pouco tempo depois por motivos que a família diz desconhecer.
Após abandonar a escola, se negar a fazer tratamento e ter conflito com os pais, a menina passou a viver em um abrigo em Teresina, onde foi detectada que ela estava grávida de 3 meses, novamente por estupro. A mãe da menida disse que ela teria sido violentada dessa vez por um tio.
O bebê está so os cuidados do avô, pai da menina, que defende o aborto. A mãe, em princípio teria se colocado contra, mas diz aguardar a decisão da Justiça para realizar o procedimento.
Nesta semana, a juíza da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina, Maria Luiza de Moura Mello, pediu afastamento do caso alegando ter "enorme demanda" da Justiça Eleitoral.
Elfrida Costa Belleza, juíza da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina, ainda não decidiu sobre o caso. Ela diz que não pode se pronunciar pois o processo se passa em segredo de Justiça.
A Maternidade Dona Evangelina Rosa declarou que uma junta médica foi criada para analisar se é seguro o aborto na menina.
Com informações da Fórum e Folha de S. Paulo