Ipespe: Lula tem 50% e Bolsonaro 43% no segundo turno

Segundo Antonio Lavareda, sociólogo e cientista político do Ipespe, o cenário é mais apertado que em eleições passadas

Foto: Reuters/Carla Carniel
Lula e Jair Bolsonaro

 

247 - Pesquisa telefônica Ipespe divulgada nesta terça-feira (11) mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem uma vantagem de sete pontos percentuais sobre Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição pela Presidência da República.

Lula - 50%

Bolsonaro - 43%

Brancos/Nulos - 4%

Indecisos - 2%

Antonio Lavareda, sociólogo e cientista político do Ipespe, afirma que o cenário é acirrado. "Ele [Lula] tem cinco pontos a mais que Bolsonaro na questão espontânea (47% X 42%); e sete pontos a mais na pergunta em que os nomes dos candidatos são citados (50% X 43%). Quando computadas exclusivamente as intenções de voto estimuladas nos dois candidatos, excluídas as respostas 'Branco/ Nulo' e 'Não Sabe/Não Respondeu', a distância entre eles se amplia para oito pontos (54% X 46%). Lula obteve apoio maior que o adversário entre os eleitores de Simone ( 55% X 16%) e também, com margem mais estreita, entre os de Ciro (44% X 36%). Mas, como vimos no primeiro turno, dado que a pesquisa não consegue obter dos entrevistados a real disposição à abstenção - que no 2º turno, quatro anos atrás, foi de 21,4% do total do eleitorado - foi inserido um cruzamento que excluiu os 18% que têm pouco ou nenhum interesse no pleito, o que teoricamente pode sugerir maior predisposição ao não comparecimento. Resultando daí um placar de 51% X 47% dos votos totais, 2% de B/N, e 01% de Não Sabe/ Não Respondeu. A distância registrada no momento confere a esse segundo turno um formato diverso de outras eleições que terminaram com margens mais confortáveis para o líder, considerados os votos totais. A exemplo de 2002 (Lula +17) , 2006 (Lula +16 ) e mesmo 2010 (Dilma +11). E nos remete à comparação do mesmo com 1989 ( Collor +5 ), e 2014 (Dilma +2)".

A pesquisa ouviu 1.100 eleitores por telefone entre 8 e 10 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais e o intervalo de confiança de 95,45%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01120/2022.