Ideia do Centrão: sangrar Bolsonaro até 2022 e lançar Pacheco presidente

A CPI da Covid foi prorrogada por mais 90 dias

Foto: Congresso Nacional
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

DCM - O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) autorizou, nesta terça-feira (13), que a CPI da Covid seja prorrogada por mais 90 dias. Com seu término, a CPI da Fake News deverá ser rotamada, garantindo que os processos de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro se arrastem até às vésperas do período eleitoral de 2022.

Além de legitimas, as CPIs também servirão para desgastar a imagem do presidente durante o processo, como tem sido o caso do ínquerito em andamento agora, que tem descoberto diversas irregularidades no modo como Bolsonaro conduziu o combate à pandemia e também seu possível envolvimento em corrupção na compra da vacina indiana Covaxin.

Também através da CPI, os senadores estão conseguindo investigar as bases de sustentação do bolsonarismo como os militares e os membros do “Gabinete Paralelo”, grupo montado para assessorar o presidente em decisões sobre a covid-19. Essa investigação pode acarretar em um enfraquecimento desse elo com Bolsonaro.

Com a sua popularidade em queda pelas descobertas sobre seu governo, o presidente tem alegado que está sendo perseguido. Em conversas reservadas, o presidente avalia que Rodrigo Pacheco “mudou de lado” e agora também atua para que ele não seja reeleito. Pacheco foi eleito para comandar o Senado com apoio da ala bolsonarista, mas agora seu partido estuda lançar seu nome como candidato a presidência.