Governadores querem início de vacinação numa mesma data em todos os estados

Eles esperam definir um cronograma de vacinação contra a covid-19 em uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na terça-feira (12)

Foto: Brasil 247
Wellington Dias e Pazuello

 

Governadores esperam definir um cronograma de vacinação contra a covid-19 em uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na terça-feira (12). O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que os Estados vão pedir ao governo federal que a campanha inicie em uma mesma data nos 26 Estados e no Distrito Federal.

"Estou esperançoso que vamos sair desta agenda com uma data para iniciar a vacinação nas 27 Unidades da Federação, dependendo da liberação da Anvisa, de 22 a 27 de janeiro", disse Dias, que coordena a articulação do Fórum Nacional dos Governadores na covid-19. No sábado (9) o ministério informou que a vacinação será simultânea em todo o País.

Durante a reunião com Pazuello, os governadores devem pedir para incluir equipes na rede pública e orientar a população sobre possíveis efeitos colaterais da vacina. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia autorizar o uso emergencial de imunizantes, o que garante o início da campanha em grupos prioritários antes da conclusão dos estudos.

A agência começou a analisar o pedido feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o produto desenvolvido pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Por outro lado, a Anvisa informou que não recebeu todos os documentos necessários do Instituto Butantan para analisar a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto paulista.

Para Wellington Dias, foram dados "passos importantes" na última semana, mas é preciso organizar um observatório nacional para o coronavírus com mutação, em coordenação com os Estados, e ainda articular uma rede de comunicação para evitar "informações distorcidas".

O Ministério da Saúde do Japão anunciou neste domingo (10) que uma nova variante do vírus foi detectada em quatro viajantes brasileiros, do Estado do Amazonas.