O governador do Tocantins Mauro Carlesse foi afastado do cargo por suspeita de corrupção. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a medida por seis meses. Ele é suspeito de obstruir investigação de esquema de corrupção envolvendo a cúpula do governo.
O tribunal também autorizou busca e apreensão contra ele, que foi feita pela Polícia Federal nesta quarta (20). Agentes da corporação estiveram em diversos endereços, entre eles o prédio onde o governador mora e o Palácio do Araguaia, sede do governo do Tocantins.
Investigações apontam que há uma organização criminosa atuando em sua gestão. O grupo teria feito pagamentos de vantagens indevidas ligadas ao plano de saúde de servidores do estado. A decisão de afastá-lo por seis meses é de Mauro Campbell, relator do inquérito no STJ.
“As investigações, iniciadas há quase dois anos, reuniram um vasto conjunto de elementos que demonstram um complexo aparelhamento da estrutura estatal voltado a permitir a continuidade de diversos esquemas criminosos comandados pelos principais investigados”, disse o STJ em nota.
O motivo da operação, argumenta a corte, é obter novas provas, interromper as ações criminosas, identificar e recuperar ativos.
Carlesse é aliado do presidente. Em abril deste ano, o governador saiu em defesa de Jair Bolsonaro. Ele afirmou que o mandatário é “um homem que tem preocupação com o povo”. “Sempre defendo o presidente porque não é fácil”, prosseguiu.