Gleisi critica Campos Neto: “Adora falar besteiras”

Presidente do PT usou as redes sociais para criticar fala de Campos Neto em comissão do Senado Federal

Foto: Divulgação
Gleisi Hoffmann (PR)

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta terça-feira (25/4). Ela afirmou que o chefe do BC “continua falando besteiras e fazendo palestras”.

Nesta terça, o presidente do Banco Central compareceu ao Senado Federal após ser convocado a prestar esclarecimentos sobre a taxa de juros praticada pela instituição na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

“Lá vem Campos Neto fazendo política. Adora dar entrevistas e fazer palestras, o que não é papel de presidente de Banco Central. Hoje, pelo menos, foi ao Senado pra prestar contas, mas continua falando besteiras. O papel dele é controlar a inflação. São quase dois anos sem atingir a meta, mesmo com juros estratosféricos. Senado precisa tomar providências”, disparou Hosffmann nas redes sociais.



Aos parlamentares, o presidente do Banco Central afirmou que “nenhum presidente” da instituição “gosta de subir juros”. No entanto, defendeu a prática como a forma mais eficiente de seguir a meta de inflação

“Nenhum presidente do BC gosta de subir juros. Sempre brinco com meu antecessor que ele nunca teve que subir juros, só teve que cair. A vida dele foi bem mais fácil que a minha. Banqueiro central que está ‘caindo juros’ tem a vida mais fácil, sempre mais agradável. Mas a nossa obrigação é uma meta de inflação, e a gente entende que a meta de inflação é importante”, disse Campos Neto.

Durante a audiência, o presidente do BC afirmou que o objetivo da instituição é evitar que as parcelas mais pobres da população sofram com as consequências negativas da inflação. Ele chegou a chamar o aumento de preços de “imposto perverso”.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando o BC aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que reflete nos preços.

Os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação. Atualmente, o índice praticado é de 13,75% ao ano, e a meta de inflação estabelecida pelo BC para 2023 é de 3,25%.

Com informações do Twitter e Metrópoles