O ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso nesta sexta-feira (13), em Recife (PE). A prisão foi confirmada pela Polícia Federal (PF).
De acordo com a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR), há indícios de que Machado teria tentado obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com o objetivo de facilitar sua saída do país.
A tentativa ocorreu no dia 12 de maio de 2025, no Consulado de Portugal em Recife. A investigação aponta que Gilson Machado teria atuado diretamente para garantir a emissão do documento em nome de Cid.
Na última terça-feira (10), a PGR enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido formal de investigação contra Machado. No documento, o órgão também solicitou a autorização para realizar buscas e apreensões, além da quebra de sigilos telefônico e de mensagens do ex-ministro.
Outro ponto de interesse da Polícia Federal envolve uma campanha de arrecadação financeira promovida por Machado em seu perfil no Instagram. Em maio, ele usou as redes sociais para pedir doações destinadas ao ex-presidente Bolsonaro, afirmando que os recursos seriam usados para custear despesas médicas, honorários advocatícios e enviar dinheiro ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que havia deixado o país rumo aos Estados Unidos.
A campanha foi considerada uma releitura da “vaquinha” de 2023, que, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), arrecadou mais de R$ 17 milhões via Pix. Eduardo Bolsonaro chegou a gravar um vídeo agradecendo o apoio, mas afirmou que recusaria o auxílio financeiro oferecido por Gilson Machado.