Ganhou na mega-sena e foi morto. Família briga por herança a 17 anos

Renê Senna foi morto a tiros a mando da então esposa Adriana Almeida Nascimento.

Dezessete anos após sua morte, o lavrador Renê Senna ainda não pôde descansar em paz. Ganhador de um prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena, a família dele ainda trava uma série de disputas judiciais para resgatar a herança que já acumula um valor estimado de R$ 100 milhões devido às correções monetárias.

O crime aconteceu no dia 7 de janeiro de 2007, em Rio Bonito, na região Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com o Extra, em 4 de junho de 2024, o advogado Sebastião Mendonça, que representa oito irmãos e um sobrinho do lavrador, entrou na Vara Cível do Fórum de Rio Bonito com um pedido de nulidade do último testamento, apresentado por Renata Almeida Senna, filha do milionário.

Este pedido substitui os anteriores que foram anulados por decisões judiciais e coloca Renata como única herdeira de Renê e deixa de fora da herança oito irmãos e um sobrinho de lavrador. A decisão anterior, de novembro de 2021, já havia garantido para a filha de Renê 50% da herança. Na ocasião, a Justiça decidiu que metade da fortuna – cerca de R$ 43 milhões – deveriam ser depositados na conta de Renata Senna, após o recolhimento dos impostos.

Isso aconteceu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um recurso de Adriana Almeida Nascimento, viúva de Renê, condenada a 20 anos de prisão como mandante do assassinato do então marido. A Justiça também entendeu que ela tentou manipular o lavrador para ficar com todo o dinheiro.

Agora, o pedido atual tenta reverter o documento apresentado por Renata e dividir a herança de acordo com o primeiro testamento deixado por Renê.