A execução do empresário Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto Internacional de Guarulhos na última sexta-feira (8), está sendo investigada por uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Ao menos 13 policiais, entre militares e civis, são suspeitos de envolvimento no crime. Entre eles, estão agentes que faziam a escolta de Gritzbach e outros que foram denunciados por ele por corrupção. Parte desses agentes já foi afastada de suas funções.
Além dos policiais, a investigação também aponta para a participação de um agente penitenciário, pessoas que deviam dinheiro à vítima e membros da própria facção criminosa.
Câmeras de segurança registraram dois homens encapuzados e armados executando Gritzbach e um motorista de aplicativo. Outras três pessoas ficaram feridas no atentado.
O empresário era réu em processos por homicídio e lavagem de dinheiro e havia feito uma delação premiada, denunciando integrantes do PCC e agentes de segurança por crimes como extorsão. Em um áudio da delação, um advogado ligado ao PCC oferece R$ 3 milhões a um policial para matar Gritzbach.
A Secretaria de Segurança Pública investiga o caso como homicídio, lesão corporal e localização de objetos. A motivação do crime pode estar ligada à delação premiada, que colocou em risco diversos criminosos e agentes corruptos.