Entrevistas a Roberto Cabrini trazem fatos sobre delator do PCC

Vinicius Gritzbach conversou com o jornalista dias antes de assinar acordo de delação premiada. Agora, a namorada dele também falou ao repórter

A execução de Vinicius Gritzbach, enquanto desembarcava com a namorada no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em 8 de novembro, mudou toda a perspectiva sobre a proteção da polícia e a visão sobre até aonde o braço da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) é capaz de alcançar.

A entrevista com o repórter Roberto Cabrini aconteceu em fevereiro, dias antes da vítima assinar o acordo de delação premiada que detalharia o organismo do PCC à Polícia. Durante 3 horas ele falou sobre como sua ação era desenvolvida e sobre o medo de morrer. De acordo com o próprio Vinicius, haviam empresários, traficantes e várias pessoas querendo sua morte. Confira a entrevista aqui:


Agora, 17 dias depois do assassinato de Gritzbach, Cabrini entrevistou Maria Helena Paiva Antunes, então namorada dele. Ambos voltavam de uma viagem de férias a Maceió no momento da execução. Ela, que já deu detalhes do caso à Polícia Civil, agora traz à tona sua versão para todo o Brasil. Assista:


Relembre

A execução do empresário Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto Internacional de Guarulhos na última sexta-feira (8), está sendo investigada por uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Ao menos 13 policiais, entre militares e civis, são suspeitos de envolvimento no crime. Entre eles, estão agentes que faziam a escolta de Gritzbach e outros que foram denunciados por ele por corrupção. Parte desses agentes já foi afastada de suas funções.

Além dos policiais, a investigação também aponta para a participação de um agente penitenciário, pessoas que deviam dinheiro à vítima e membros da própria facção criminosa.

Câmeras de segurança registraram dois homens encapuzados e armados executando Gritzbach e um motorista de aplicativo. Outras três pessoas ficaram feridas no atentado.

O empresário era réu em processos por homicídio e lavagem de dinheiro e havia feito uma delação premiada, denunciando integrantes do PCC e agentes de segurança por crimes como extorsão. Em um áudio da delação, um advogado ligado ao PCC oferece R$ 3 milhões a um policial para matar Gritzbach.

A Secretaria de Segurança Pública investiga o caso como homicídio, lesão corporal e localização de objetos. A motivação do crime pode estar ligada à delação premiada, que colocou em risco diversos criminosos e agentes corruptos.

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