Em dois dias, Ciro, com frases infelizes, ameaça seu pequeno avanço

Com desempenho elogiáveis no Jornal Nacional e no debate, o pedetista volta a ser seu principal adversário, dada sua falta de calibre verbal

Foto: Reprodução/CNN
Ciro Gomes

 


Por Ricardo Noblat, jornalista, no Metrópoles 

Ciro Gomes, do PDT, volta a ter como adversário ele próprio. Ciro Gomes. Num momento em que melhora, um pouco, seu desempenho nas pesquisas eleitorais, numa delas saltou de 6% para 8%, o presidenciável não se segura.

Depois de bons desempenhos no Jornal Nacional, da TV Globo, e no debate da Bandeirantes – parceria com UOL, Folha de S. Paulo e TV Cultura -, Ciro cometeu nesses dois últimos dias dois escorregões.

Podem até não alterar nada no que acumulou com sua performance nessas emissoras, mas ajuda, definitivamente, não ajuda.

Primeiro, o pedetista fez um ataque desproporcional e descabido a Lula, quando postou que a cada dia o petista está “mais fraco fisicamente, psicologicamente e teoricamente para enfrentar a direita sanguinária”. Fraco fisicamente não dá para passar. Ele apagou essa postagem.

Ontem, em nova infelicidade, declarou num evento na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) ser “pesado” explicar suas ideias econômicas numa favela. E disparou:

“Na verdade é um comício, né? Um comício para gente preparada. Você imagina eu explicar isso na favela? É um serviço pesado”.