Em bairro rico de São Paulo, Boulos desmente sua fama de invasor de casas

Candidato do Psol esclareceu notícias falsas sobre invasão de propriedade privada e o fato de morar na periferia da capital

Foto: Reprodução Twitter
Boulos esclarece informações a eleitores em São Paulo

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), usou uma estratégia inteligente para desfazer notícias falsas sobre o que eleitores mais ricos pensam sobre ele. O candidato esclareceu informações sobre invasão de propriedade privada e o fato dele ter origem familiar de classe média.

Por meio de uma brincadeira parecida com pegadinha de televisão, Boulos ficou dentro de um carro escondido enquanto uma pessoa de sua equipe entrevistava pessoas que passavam pela calçada da Avenida Faria Lima, área nobre de São Paulo.  

Duas pessoas abordadas pela entrevistadora falaram que Boulos defendia a invasão dos imóveis particulares e que ele não era pobre nem morava na periferia da capital, como o candidato afirmara.  Boulos ficou ouvindo atentamente o que as pessoas falavam e, em seguida, apareceu para conversar com elas e esclarecer, mostrando a verdade.

“Uma das mentiras que mais inventam sobre mim é que eu defendo a invasão de propriedades privadas. Eu milito no movimento sem teto há 20 anos. Ando junto com as pessoas que não têm casa, mas a gente nunca invadiu casa de ninguém”, esclareceu Boulos Ele ressalta, no entanto, que a Constituição Federal diz que a propriedade privada tem que ter a função social e isso não está sendo cumprido.

Boulos informa que, na verdade, que é a favor de ocupação de imóveis abandonados, por pessoas que precisam de moradia, o que é completamente diferente de invadir imóveis regulares cujos proprietários zelam pelos seus bens e pagam os impostos. “Enquanto existem 25 mil pessoas morando na rua em São Paulo, há mais de 40 mil imóveis no centro expandido da cidade que não pagam impostos há anos”, explicou o candidato a um dos cidadãos que estavam sendo entrevistado.

Boulos afirma que não é justa essa situação, pois geralmente esses imóveis pertencem a grandes empreiteiras, a fundos ou especuladores que financiam campanhas de outros políticos e que, por isso, a determinação da Constituição Federal, que determina a função social da propriedade privada, não é aplicada.

Outro boato que Boulos desmentiu foi sobre a sua classe social. Uma senhora entrevistada, chamada Patrícia, disse que Boulos não era pobre e que não morava na periferia.

O próprio Boulos apareceu e disse a verdade para Patrícia: “Minha origem não é na periferia, já que meus pais são de classe média alta e moram no bairro Pompeia (bairro nobre). Então, eu morei um tempo com eles na Pompeia, mas hoje resido em Campo Limpo (periferia paulistana)”, afirmou o candidato.