Jair Bolsonaro está em Alagoas, estado governado pelo filho de Renan Calheiros, Renan Filho. A visita virou uma provocação sem precedentes: em vez das tropas da Política Militar, quem faz a segurança presidencial é o Exército. Os militares ocupam as ruas de Maceíó, numa tentativa de ameaçar e intimidar politicamente o relator da CPI da Covid-19 e seu filho, após Renan chamar Flávio Bolsonaro de "ladrão" durante sessão no Senado.
Bolsonaro inaugura uma obra feita pelo governo de Renan Filho com recursos federais liberados ainda nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Habitualmente, quem faz o serviço da segurança presidencial é a Polícia Militar, mas de última hora Bolsonaro resolveu mudar o esquema, optando pelo Exército.
Saiba mais
A sessão da CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12) terminou em bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Flávio chamou Renan de “vagabundo” e recebeu resposta: “vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”.
Flávio participou da sessão com o ex-secretário da Secom Fábio Wajngarten apesar de não ser membro da CPI e marcou presença apenas com o tumulto final, sem ter feito qualquer fala ou pergunta antes disso.
Reação
Mas os movimentos populares reagiram e estão fazendo manifestações pela cidade. Diversos pontos da capital alagoana registram protestos contra a vinda do presidente, que participará de três solenidades oficiais, entre elas a “inauguração” de um viaduto que já está aberto desde dezembro de 2020.
O vídeo abaixo mostra uma manifestação em frente ao Aeroporto Zumbi dos Palmares, com faixas e palavras de ordem contrárias ao governo. Uma das faixas diz: “Bolsonaro assassino! Mais de 400 mil mortes: essa culpa também é sua.”