Duas brasileiras, duas turistas, duas mortes. Quem eram elas ?

Quem eram Diely da Silva e Carolina Pimentel ?

Carolina Pimentel Canales de Albuquerque, 24 anos

A médica alagoana Carolina Pimentel, de 24 anos, foi uma das vítimas fatais do incêndio no The Ember Hotel, em Bangkok, na noite de domingo (29), horário local. Seu noivo, Fernando da Ressurreição, sobreviveu ao incidente ao pular do terceiro andar do edifício para escapar das chamas, sofrendo ferimentos na queda.

Carolina e Fernando estavam em viagem pela Tailândia e haviam se hospedado no hotel poucas horas antes da tragédia. Dias antes, o casal havia celebrado o noivado, transformando a fatalidade em um golpe ainda mais doloroso para familiares e amigos.

O incêndio começou por volta das 21h20 (horário local) no quinto andar do hotel, que estava com 75 hóspedes no momento. As autoridades tailandesas apontaram o quarto 511 como o provável ponto de origem do fogo, onde foi encontrada uma cama severamente danificada. Três turistas sul-coreanos, que ocupavam o quarto, são procurados para prestar depoimento.

Fernando relatou que ele e Carolina tentaram sair juntos do prédio, mas a fumaça densa os separou. O corpo da médica foi encontrado no mesmo quarto 511, sugerindo que ela pode ter entrado ali por engano enquanto buscava uma saída.

As equipes de resgate chegaram ao local em cerca de cinco minutos, retirando 47 pessoas com vida, incluindo 34 que buscaram refúgio no telhado. Apesar da gravidade do incêndio, a estrutura do hotel, inaugurado em 2022, não sofreu danos significativos, segundo o Instituto de Engenharia da Tailândia.

O governo tailandês anunciou compensações financeiras às famílias das vítimas fatais, incluindo Carolina, no valor de 1 milhão de baht (aproximadamente R$ 180 mil). Os feridos receberão até 500 mil baht (cerca de R$ 90 mil).

Carolina era filha e neta de médicas e seguia os passos da família na área da saúde. Antes da tragédia, compartilhava registros da viagem em suas redes sociais, incluindo uma foto do prato típico “Pad Thai” com a legenda: “O último Pad Thai. Até a próxima”.

O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) lamentou profundamente a perda e destacou a trajetória brilhante da jovem médica. A tragédia chocou não apenas a comunidade local, mas também trouxe atenção internacional às circunstâncias do incêndio, que seguem sob investigação. 


Diely da Silva Maia,34 anos 

Diely da Silva Maia (34) foi assassinada por engano no último sábado (28) após entrar na Comunidade do Fontela, área de ocupações e favelas no Rio de Janeiro, em um carro conduzido por motorista de aplicativo. Eles entraram na região sem querer ao seguir o GPS do veículo.

Natural de Candiba, na Bahia, ela morava em Jundiaí, no interior de São Paulo, há oito anos com o irmão. Diely era gerente contábil, costumava publicar registros de viagens e passeios nas redes sociais e passava as férias no Rio de Janeiro quando foi morta.

A vítima estava hospedada em um condomínio de Vargem Pequena, no Rio, e combinou de sair com as amigas na data do assassinato. Antes do episódio, ela foi a uma praia da capital e almoçou com as colegas em um restaurante.

Familiares de Diely lamentaram a morte e criticaram a segurança pública do Rio de Janeiro. “Mais uma família devastada pela criminalidade do Rio de Janeiro. Agora, essa família é a nossa”, afirmou Tamires Ponte Coletti, sua prima, nas redes.

O motorista do veículo é Anderson Sales Pinheiro (34). Ele ficou ferido no episódio e foi hospitalizado, mas já recebeu alta. Os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados e a polícia investiga o caso.

Anderson é natural de Pernambuco e se mudou para o Rio para trabalhar como motorista de aplicativo. Ele não conhecia a região em que o carro foi alvejado. O motorista foi baleado nas costas, mas não teve ferimentos graves, e seu veículo foi atingido por três disparos.