O programa Desenrola Brasil terminou sua primeira fase na última sexta (28) e retirou 6 milhões de dívidas dos registros de negativados. Segundo o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto, as “desnegativações” ocorreram para pessoas que tinham dívidas de até R$ 100.
“Passamos de 6 milhões de desnegativações de dívidas de até R$ 100. O fato de alguns bancos terem feito isso gerou uma pressão competitiva para que outros fizessem”, afirmou ao jornal O Globo. Ele diz que não é possível confirmar que 6 milhões de pessoas quitaram suas dívidas, já que o mesmo CPF pode ter mais de uma.
O secretário aponta que bancos estão disputando o espaço que será liberado no orçamento da família e planejam conceder novos empréstimos. “Temos visto bancos que, apesar de não terem o benefício regulatório que nós estamos dando para fazerem a renegociação estão fazendo ofertas para a população”, prossegue.
O programa entrou em vigor com dois objetivos iniciais. O primeiro: retirar do cadastro negativo pessoas com dívidas até R$ 100 em 31 de dezembro de 2022. A segunda etapa é conceder crédito tributário a bancos que renegociem dívidas de até R$ 20 mil. Uma terceira fase está prevista para setembro e pretende incluir contas de itens essenciais, como água, luz e valores devidos a varejistas.
Dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5 mil para quem ganha até dois salários mínimos entrarão em uma plataforma virtual criada pelo governo que funcionará como um leilão. Empresas e bancos vão oferecer melhores condições para consumidores e renegociar as dívidas com garantia coberta pelo governo por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO).
“Temos observado que há varejistas, que não estão na segunda fase, fazendo ofertas bem interessantes para a população. É uma pressão competitiva para oferecer mais para a população”, afirma o secretário.
Com informações do DCM