Membros do governo federal reagiram com veemência às declarações do senador Ciro Nogueira (PP-PI), feitas durante entrevista à GloboNews hoje pela manhã. Tanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto a Ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificaram como mentirosa a fala do ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, que alegou que o decreto presidencial sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) prejudicaria as pessoas de baixa renda e encareceria o crédito popular.
Em resposta, Fernando Haddad usou as redes sociais para acusar Ciro de faltar com a verdade. “Quem não tem argumento, mente”, escreveu o ministro, destacando que o IOF sobre operações de crédito para pessoas físicas “não aumentou nem um centavo”. Haddad lembrou ainda que o governo anterior, do qual Ciro fez parte, foi responsável por elevar a alíquota do imposto, e contrapôs com as ações da atual gestão, como os programas Desenrola, Acredita e o incentivo ao crédito consignado privado — medidas que, segundo ele, visam garantir nome limpo e juros mais baixos para a população.
Também pelas redes sociais, a deputada Gleisi Hoffmann reforçou as críticas ao senador piauiense. Afirmou que o decreto do governo Lula não altera o crédito das pessoas físicas e que o atual patamar do IOF sobre transações internacionais (3,5%) é inferior ao praticado no governo Bolsonaro (6,38%). Para Gleisi, a atuação de Ciro Nogueira não representa uma oposição legítima, mas sim um comportamento que sabota o país — repetindo, segundo ela, a postura que marcou sua atuação no governo anterior.