A Defensoria Pública da União emitiu, nesta sexta-feira (17), um parecer recomendando qeu o Ministério dos Direitos Humanos anule as medidas administrativas adotadas pela ex-ministra Damares Alves na análise de concessões sobre anistia.
"A Damares tomou decisões na canetada, sem ouvir ninguém. Não tinha uma análise técnica, nada. Ela simplesmente julgava os pedidos sem a observância dos ritos previstos na lei e nas portarias que regem o assunto", disse o defensor público federal Guillermo Rojas de Cerqueira Cesar à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
A recomendação da Defensoria abrange as medidas tomadas por Damares entre janeiro e março de 2019. Em janeiro de 1019, uma medida provisória do governo Bolsonaro transferiu a análise dos pedidos de anistia política do Ministério da Justiça para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A portaria que regulamentava os procedimentos e o novo regimento interno da Comissão de Anistia, porém, só foi publicada em março do mesmo ano.
Guillermo também recomendou que o novo ministro dos Direitos Humanos, o advogado Silvio Almeida, examine todas as decisões tomadas por Damares após março de 2019 “para verificar se os ritos legais foram de fato cumpridos".
Com informações da Folha de S.Paulo