Defensoria realiza reunião para discutir desenvolvimento do Projeto “Mente Cidadã: família, vulnerabilidade e saúde mental”

Defensoria realiza reunião para discutir desenvolvimento do Projeto “Mente Cidadã: família, vulnerabilidade e saúde mental”

Com o intuito de articular ações interinstitucionais para desenvolvimento do Projeto “Mente Cidadã: família, vulnerabilidade e saúde mental” foi realizada reunião na sede provisória da Defensoria Pública do Estado do Piauí. Os trabalhos foram conduzidos pela Titular da 12ª Defensoria Pública de Família e chefe de gabinete da Instituição, defensora pública Patrícia Ferreira Monte Feitosa, que também é a autora do Projeto. Segundo a defensora, a ideia é levar cidadania a uma parcela da sociedade que é vitima do estigma e má condução do seu problema de saúde, levando-os à exclusão social. A proposta é o esforço conjunto de vários órgãos, no sentido de possibilitar a interação de ações entre os mesmos, para uma discussão e aprofundamento das políticas públicas, e humanização dos serviços públicos voltados para a área da saúde mental. “Pretendemos tentar mobilizar e concentrar a atenção da sociedade civil para a necessidade de conhecer bem as pessoas com quem mantém laços sociais, compreendendo as necessidades individuais, ter empatia com o comportamento dos membros da família e identificar se há algum transtorno mental, que provoque alguma alteração negativa para a harmonia familiar, orientando para a busca do apoio da Rede de Assistência Psicossocial”, diz Patrícia Monte. A defensora considera que  a vulnerabilidade social, por vezes, tem uma relação estreita com problemas de saúde mental, que levam à desagregação familiar, deflagrando inúmeros litígios,  abandonos afetivos e materiais. “Frente à essa realizada, vislumbramos que a Defensoria Pública, no cumprimento de sua função institucional, tem muito a cooperar para a defesa da proteção dos direitos humanos das pessoas com transtorno mental. As demandas relacionadas a Direito de Família são inúmeras, e, diariamente, percebemos que a maioria dos litígios familiares tem relação com problemas coletivos. Enfim, acreditamos que a desestrutura familiar decorre de estresse devido ao desemprego, falta de habitação, falta de educação, precariedade dos serviços públicos, inclusive, de saúde”, afirma Patrícia Monte. A reunião contou com a presença do defensor público da União, André Amorim de Aguiar; da gerente de Saúde Mental da Secretaria da Saúde do Estado, Gisele Martins; da assessora do juiz da Vara de Execuções Penais; da defensora pública Daniela Neves Bona, titular da 1ª Defensoria da Infância e Juventude; da assistente social do Hospital Areolino de Abreu, Francisca Maria Soares; do assistente social da DPE-PI, José Luís de Sousa Júnior e da servidora da Defensoria Itinerante, Ana Carolina Fortes. “Elegemos as ações a serem desenvolvidas e discutimos as formas de articulação. Foi bastante proveitosa porque atingimos nossa expectativa no intuito de concretizar os objetivos do Projeto, inclusive, seria essencial a participação do máximo de Instituições governamentais e ONGs na realização dessa iniciativa”, conclui Patrícia Monte.