O presidente do PSB, Carlos Siqueira, e deputados da sigla favoráveis à federação com o PT farão uma reunião na próxima semana, logo após o fim das férias de Siqueira no dia 15.
Segundo informações da coluna de Guilherme Amado, na quarta-feira (12/1), os socialistas estão rachados, com os detentores de cargo legislativo majoritariamente a favor da aliança com o PT. Por outro lado, aqueles que têm cargos executivos, como o prefeito de Recife, João Campos, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, são contra a união.
A bancada federal do partido criou um grupo no Whatsapp para debater o assunto. Para esses integrantes, a federação é interessante porque a popularidade de Lula pode ajudar o partido a aumentar a bancada na Câmara.
Já aqueles que pretendem disputar a eleição para governador pelo PSB temem ser rifados nas negociações entre os dois partidos. Os maiores enroscos acontecem em São Paulo, onde o PT tem Fernando Haddad e o PSB lançou Márcio França. Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Pernambuco também apresentam entraves.
O estado nordestino é governado há 16 anos pelo PSB e é considerado vital para a sigla, mas os socialistas estão com dificuldades para escolher um candidato à sucessão de Paulo Câmara. O nome natural seria Geraldo Julio, ex-prefeito de Recife, mas ele não quer concorrer.
Diante do impasse e como uma forma de valorizar o seu lado nas negociações, o PT aventou a possibilidade de o senador Humberto Costa concorrer ao governo do estado. Como sua gestão no Senado vai até 2027, ele não correria o risco de ficar sem mandato.
Já o PSB abriu uma frente de negociação com o PDT, partido que tem Ciro Gomes como candidato presidencial. Siqueira também deve se reunir em breve com o presidente da sigla, Carlos Lupi, para avançar nas tratativas.