Crise? Bolsonaro gastou mais com cartão corporativo que Dilma e Temer

Só em 2021, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões, o maior valor dos últimos sete anos

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Dilma, Bolsonaro e Temer

 

Faltando um ano para o fim de sua gestão, em 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos, diz reportagem de Patrik Camporez no jornal O Globo.

Esse montante desembolsado até dezembro do ano passado, custeado pelo erário, é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos ao longo dos quatro anos do mandato anterior, dividido por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018).

Só em 2021, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões, o maior valor dos últimos sete anos. Perde apenas para os R$ 13,3 milhões registrados em 2014, quando Dilma era presidente.

Em dezembro de 2021, os cartões exclusivos da família presidencial foram usados em compras que somaram R$ 1,5 milhão, valor mais alto, para um único mês, dos três anos da atual administração. Bolsonaro passou os últimos dias de dezembro em férias no Sul do país.

Essas cifras, corrigidas pela inflação, dizem respeito às faturas de 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, que estão sob a responsabilidade do presidente, de seus familiares e auxiliares mais próximos.

Segundo o próprio Palácio do Planalto, dois deles ficam permanentemente sob poder de Bolsonaro. Os cartões são usados para despesas do cotidiano, como refeições do chefe do Executivo durante viagens. Todas, porém, são mantidas em sigilo, sob argumento de que a eventual divulgação colocaria o presidente em risco.