Conselho de Cultura de Teresina está alerta quanto a possível demolição do Meduna

A notícia da possível demolição do antigo sanatório Meduna acendeu o alerta para não deixarmos silenciar mais um trecho de nossa história, enquanto cidade e sociedade. Após denúncias feitas ao Conselho Municipal de Política Cultural de Teresina, buscamos nos informar se havia processo de solicitação do Alvará de Demolição, ou de Reforma/Restauro junto ao órgão competente da PMT para essas tratativas, o que não foi encontrado.

Com o objetivo de impedir qualquer derrubada intempestiva e colher informações oficiais atualizadas, o presidente do CMPC, João Henrique Vieira, e Jasmine Malta, representante do segmento de Patrimônio Material e Natural se reuniram com representantes do Grupo Sá Cavalcante – Marcelo Rigo (superintendente do Shopping Rio Poty); Pablo Ramon (engenheiro da Construtora Sá Cavalcante) e Kleber Braga (gerente Administrativo).

Na ocasião, informaram que irão solicitar processo de “tapunamento”, não havendo intenção de demolir o Sanatório, mas que o mesmo representa risco para a saúde pública e segurança social. Também foi discutida toda a situação envolvendo o conjunto edificado (Sanatório e Capela), desde a aquisição, passando pelo convênio de comodato para a PMT em 2016, a devolução para o Grupo Sá Cavalcante em 23/04/2020 por parte da PMT até o estado atual, com apresentação de documentos, fotografias, relatórios e orçamentos.

Conselheiros e representantes da Sá Cavalcante visitaram em vistoria o Sanatório; onde se constatou o abandono – forro original de madeira destruído por cupins e pela ação das intempéries, algumas janelas e portas subtraídas, louças sanitárias inexistentes. Contudo, o método construtivo da época ainda assegura paredes robustas, piso consistente e escadarias conservadas; e os focos de cupins não comprometeram a alvenaria externa. Em seguida os conselheiros visitaram a Capela (acompanhados apenas pelo engenheiro contratado pela Arquidiocese).

Na avaliação do Conselho Municipal de Política Cultural é totalmente possível a reforma e o restauro da edificação, não havendo necessidade e nem justificativa para a demolição predial. Porém o isolamento da área é realmente necessário para impedir a depredação.