O Vaticano anunciou na manhã desta segunda-feira (28) que o próximo conclave para eleger o novo papa começará no dia 7 de maio. A data foi definida após reunião dos cardeais durante a 5ª Congregação Geral, realizada em Roma. Em comunicado oficial, a Santa Sé informou que o conclave ocorrerá na Capela Sistina, que será fechada para visitantes até a conclusão da eleição do novo pontífice, que sucederá o Papa Francisco.
Passo a passo do Conclave
Antes do início da votação, os cardeais eleitores participarão de uma celebração eucarística solene, com a missa Pro Eligendo Papa, e seguirão em procissão até a Capela Sistina. No interior da capela, cada cardeal prestará um juramento, comprometendo-se a cumprir o ministério petrino com fidelidade caso seja eleito papa. Eles também juram manter absoluto sigilo sobre todos os aspectos do processo eleitoral e se abster de qualquer tentativa de interferência externa.
Após o juramento, o mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícias anunciará extra omnes, indicando que todos que não fazem parte do conclave devem deixar a Capela Sistina. Somente o mestre de cerimônias e o eclesiástico designado para a meditação permanecerão no local. A meditação abordará a grande responsabilidade dos cardeais e a necessidade de agir com pureza de intenção pelo bem da Igreja Universal.
Com a meditação finalizada, tanto o mestre quanto o eclesiástico se retiram, e os cardeais recitam orações. O cardeal decano então verifica se os eleitores estão prontos para prosseguir ou se há dúvidas sobre o processo eleitoral.
Durante todo o conclave, os cardeais são proibidos de se comunicar por meios convencionais, como cartas, telefonemas ou mensagens, exceto em casos de extrema urgência.
Votação e Eleição
Para que a eleição de um novo papa seja válida, é necessária uma maioria de dois terços dos cardeais presentes. Caso o número de cardeais não seja divisível por três, uma votação extra será realizada. Se a votação ocorrer na tarde do primeiro dia, apenas uma votação será realizada; nos dias seguintes, duas votações ocorrerão pela manhã e duas à tarde.
Após cada votação, as cédulas serão queimadas. Se a eleição não for decidida, fumaça preta sairá da chaminé da Capela Sistina; quando um novo papa for escolhido, a fumaça será branca.
Após três dias sem acordo, um intervalo será concedido para oração, livre discussão entre os cardeais e uma breve exortação espiritual do cardeal protodiácono, Dominique Mamberti.
Posse do Novo Papa
Uma vez eleito, o cardeal decano, Giovanni Battista Re, perguntará ao eleito se aceita a eleição e qual nome deseja adotar. Após o consentimento, a eleição será formalizada, e o novo papa adquirirá plena autoridade sobre a Igreja Universal, encerrando o conclave.
Os cardeais eleitores prestarão homenagem, jurando obediência ao novo papa e agradecendo a Deus. O cardeal protodiácono então anunciará ao público: “Annuntio vobis gaudium Magnum; habemus papam” ("Anuncio-vos uma grande alegria; temos um papa"). O novo pontífice, em seguida, concederá a bênção apostólica Urbi et Orbi da varanda da Basílica de São Pedro.
Finalmente, o novo papa tomará posse formal da Arquibasílica Patriarcal de São João de Latrão dentro de um prazo adequado, completando assim o processo de transição papal.