Cid deve detalhar roteiro do golpe à PF e arrastar militares bolsonaristas

Agora, o ex-ajudante de ordens deve detalhar quem são os militares e ex-funcionários do governo Bolsonaro que participaram das tratativas.

Foto: Reprodução/Joven Pan
Tenente-coronel Mauro Cid

O tenente-coronel Mauro Cid deve expor à Polícia Federal detalhes sobre as reuniões e conversas com Jair Bolsonaro para efetivar um golpe de Estado após a derrota nas eleições. Ele tem detalhado sua participação no caso das joias sauditas e outros temas, como o roteiro da ruptura institucional, à corporação. A informação é do Blog da Andréia Sadi no g1.

Cid testemunhou reuniões que trataram do golpe de Estado. Fontes da Polícia Federal afirmam que ainda não há informações sobre uma possível delação premiada, mas ele tem relatado reuniões e conversas, sem necessariamente acusar alguém.

Agora, o ex-ajudante de ordens deve detalhar quem são os militares e ex-funcionários do governo Bolsonaro que participaram das tratativas. Entre os nomes que devem ser citados estão o de Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.

“Cid está apresentando o que tem sobre vários temas. O foco da PF está no roteiro do golpe. Militares do governo Bolsonaro estão cientes das conversas de Cid com a PF e estão preocupados com o que ele pode relatar de envolvimento e reuniões com Heleno, Braga Netto e novos personagens do núcleo militar”, diz uma fonte que acompanha as conversas do ex-ajudante de ordens com o Judiciário.

Segundo a fonte, os depoimentos de Cid são “amplos, diversificados e ruins para Bolsonaro”. Além dele, outros integrantes do núcleo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm colaborado com a PF, dando informações sobre a articulação do roteiro do golpe.

Em junho deste ano, a corporação encontrou um documento com o título “Forças Armadas como poder moderador” no celular de Cid. O arquivo detalhava uma série de ações para destituir membros das instituições democráticas, como o afastamento de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com informações do DCM