Fórum- O Ministério da Infraestrutura divulgou boletim na madrugada desta quinta-feira (9) sobre a situação do protesto de caminhoneiros e informou que foram registrados pontos de concentração em rodovias federais de 15 estados.
Os bloqueios tiveram início durante os atos do 7 de Setembro, que foram convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seguiram ao longo desta quarta-feira (8).
De acordo com o Ministério, os estados que registraram concentração de caminhoneiros são: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.
A pasta informou, na manhã desta quinta-feira, que “todos os pontos de bloqueio registrados no Rio Grande do Sul e em São Paulo foram liberados. Há duas ocorrências de interdição em Minas Gerais e a PRF já está no local”.
Demissão dos ministros do STF
Segundo o Ministério da Infraestrutura, os atos não são organizados por qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e que a organização dos bloqueios é “heterogênea” e com demandas estranha ao movimento de caminheiros.
O movimento que está realizando os bloqueios se autointitula “Caminhoneiros patriotas” e um dos líderes é Francisco Burgardt, que também é conhecido como Chicão Caminhoneiro, que deve entregar hoje um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desabastecimento
Por conta dos bloqueios realizados pelos caminhoneiros, houve corre-corre nos postos de gasolinas em Santa Catarina, Tocantins e Pernambuco, pois, os consumidores ficaram com medo de desabastecimento.
A corrida aos postos também foi registrada na Região Metropolitana do Recife.
No Pará três rodovias foram interditadas, segundo a PRF. Na altura do KM 165, da BR-010, em Paragominas; no km 353, da BR-10, em Santa Maria, além do KM 24 da BR-316.
Segundo os agentes da PRF, os caminhoneiros não deixam passar veículos transportando cargas.
Atualizando
Caminhoneiros bolsonaristas liberaram sete das 15 estradas bloqueadas. Boletim do Ministério da Infraestrutura diz que há mobilização somente em oito estados. São eles: Santa Catarina, Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Bahia.
O Rodoanel, em São Paulo, foi liberado pela manhã, segundo a CNN Brasil. Em Santa Catarina, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já liberou os pontos bloqueados que ameaçavam o abastecimento do estado.
Associação de caminhoneiros autônomos repudia paralisação
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) repudiou o ato. Em nota, eles dizem ser um movimento de “natureza política”. “Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”.
Chorão, um dos principais líderes da categoria na greve de 2018, diz que eles “estão sendo usados como massa de manobra”. “Está claro que a pauta não é da categoria”.
O presidente do Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás, Vantuir Rodrigues, afirmou que os bloqueios em rodovias que cortam o estado não é encabeçado pelos caminhoneiros. “Essa manifestação não é dos caminhoneiros, essa manifestação é do agronegócio que está usando o nome dos caminhoneiros”, atestou ele.