Briga entre Themístocles e João Henrique é nem mel, nem cabaça

Briga entre Themístocles e João Henrique é nem mel, nem cabaça

Enquanto um é ex-ministro e pré-candidato ao governo do Estado em 2018, o outro está em seu sétimo mandato de deputado estadual, preside a Assembleia Legislativa do Piauí há 12 anos (desde 2005) e almeja ser vice-governador na chapa de Wellington Dias (PT-PI). Isso não seria problema se os dois não pertencessem ao mesmo partido - o PMDB - o mesmo do presidente Temer, que jogou os pés na Dilma e no PT.
A briga que os dois vem travando dentro do partido já é nítida. Ontem, o ex-ministro João Henrique levou 17 dos 21 prefeitos do PMDB no Estado para Brasília para uma reunião com o presidente da República, Michel Temer, e com o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá. O assunto foi divulgado por toda a imprensa local com fotos e vídeos, inclusive uma entrevista do senador defendendo o nome de João Henrique para o governo. “No Piauí, temos a pré-candidatura do João Henrique, que é competitivo, une o partido e vamos trabalhar no sentido de buscar caminhos para que nós tenhamos condição de lançar e ganhar a eleição”, disse Jucá.
Na carta entregue ao presidente, os prefeitos manifestam preocupações com as eleições e apelam para uma decisão clara e definitiva acerca das candidaturas e coligações pelo Partido.
Em entrevista a portais de Teresina nesta quarta, o deputado Themístocles comenta: "A vontade não é dele. O diretório nacional é quem toma a decisão e até agora não tomou. Até pouco tempo atrás o PMDB era vice do PT. O PMDB deve ter candidato quando tiver viabilidade, mas não é o caso do João Henrique no Piauí, e quem aponta isso são as pesquisas. Todas as pesquisas apontam que ele não tem um por cento da preferência dos votos".
Esta briga entre dois expoentes do PMDB pode fazer o partido ficar sem mel e cabaça. Continuando assim, o PMDB não será nem governo nem vice de ninguém.