Bolsonaro trama "operação caneta Bic" com bomba para explodir no governo Lula

Com o Gabinete do Ódio, comandado pelo filho Carlos, Bolsonaro estuda medidas para atrapalhar primeiro ano de mandato de Lula

Foto: Reprodução
Bolsonaro

Fórum- Enquanto incita apoiadores golpistas abrindo os portões do Palácio da Alvorada e servindo "lanchinho" antes da diplomação de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) trama, juntamente com o Gabinete do Ódio - capitaneado pelo filho, Carlos Bolsonaro (PL-RJ) - um plano para implantar uma "bomba" e prejudicar o primeiro ano de governo do petista.

Segundo a jornalista Andréia Sadi, da Globo, Bolsonaro arma uma bomba fiscal para explodir as contas públicas após Lula conseguir apoio para aprovação da PEC da Transição, adequando o orçamento para pagamento de programas sociais, como a manutenção do benefício de R$ 600 para Bolsa Família.

Ao apagar das luzes, Bolsonaro planeja editar uma Medida Provisória (MP) para prorrogar isenções de impostos federais sobre os combustíveis, o que provocaria impacto de R$ 53 bilhões em arrecadação do governo federal.

Bolsonaro zerou os impostos dos combustíveis para baixar artificialmente os preços da gasolina e do diesel, que desde o governo golpista de Michel Temer (MDB) segue a política de paridade internacional (PPI) de preços. Segundo a jornalista, a estratégia é batizada de "operação caneta Bic".

Educação

A equipe do governo de transição também ligou o alerta na área de educação, que também é alvo do ódio e ressentimento de Bolsonaro.

Sob orientação do presidente, o Ministério da Educação pode editar atos normativos para travar o trabalho do novo governo. Um deles é tirar poderes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep, que é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O MEC e o Enem sempre foram alvos de Bolsonaro, que acusa a educação de privilegiar uma visão "esquerdista" do mundo. A pasta também foi foco de corrupção no governo bolsonarista, com pastores pedindo propina até em ouro em troca de recursos.

Além disso, Bolsonaro quer flexibilizar a forma como o MEC avalia os cursos para privilegiar faculdades particulares de menor qualidade, algumas delas atreladas a grupos bolsonaristas.