Jair Bolsonaro (PL) declarou que a ideia de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes era "impossível", pois essas figuras públicas vivem constantemente sob forte esquema de segurança. Ele afirmou que, se alguém tivesse realmente elaborado esse plano, deveria se responsabilizar, e que o nome dos três não estava claramente mencionado no projeto, que, segundo ele, apenas sugeria que seriam eles. Bolsonaro ressaltou a dificuldade de realizar tal ação, pois todos vivem protegidos por um grande número de seguranças.
O ex-assessor de Bolsonaro, general Mario Fernandes, era conhecido por se referir a Lula, Alckmin e Moraes com os codinomes "Jeca", "Joca" e "Professora", respectivamente. A Polícia Federal descobriu o plano de assassinato em novembro de 2024, e indiciou pelo menos 40 pessoas envolvidas na trama golpista.
Além de Mario Fernandes, outros ex-ministros de Bolsonaro, como o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Oliveira (Defesa), Alexandre Ramagem (ex-diretor da ABIN) e Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), também foram indiciados. Mais de 20 militares figuram entre os indiciados. A investigação também apontou um esquema envolvendo Bolsonaro em fraudes de cartões de vacinação e a venda ilegal de joias, que deveriam ser de propriedade do Estado.
Atualmente, Bolsonaro se encontra inelegível devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2023, que o considerou inapto após suas declarações golpistas em 2022, nas quais questionava a segurança do sistema eleitoral brasileiro.