Bolsonaro sobre empresários investigados: “Vagabundo é quem dá canetada”

Presidente criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a quebra de sigilo bancário dos empresários

Foto: Reprodução/DCM
Empresários Afrânio Barreira Filho, Ivan Wrobel, José Isaac Peres, José Koury, Luiz André Tissot, Marco Aurélio Raymundo, Meyer Joseph Nigri, e Luciano Hang

Metrópoles - O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, neste sábado (3/9), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas de empresários apoiadores do seu governo acusados de defenderem um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições.

O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Em evento voltado ao público feminino, em Novo Hamburgo (RS), o presidente afirmou que “os empresários estavam privadamente discutindo um assunto”.

“Não interessa qual é o assunto. Eu posso muito bem pegar meia dúzia aqui e falar em um canto o que bem entender. Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa, que vai querer roubar a nossa liberdade”, disse o mandatário do país.

“Agora, mais vagabundo do que quem está ouvindo a conversa, é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”, emendou o chefe do Executivo, sem citar o nome de Moraes.

Depois, Bolsonaro voltou a dizer que quer “eleições transparentes” e rechaçou as críticas pelos ataques à lisura do sistema eleitoral brasileiro: “Defendemos a Constituição e nunca saímos das quatro linhas”, enfatizou.

Também esteve na pauta do discurso do candidato à reeleição as recentes decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proibiu o porte de armas e limitou o uso de celulares durante as votações. Para Bolsonaro, as medidas adotadas pela Corte são “absurdas”.