Benditas sejam as enfermeiras do Brasil

O relato heroico de 3 profissionais da saúde que fazem a diferença no combate à covid-19

Foto: Divulgação

 

A enfermeira paraibana Mayane Brito atravessou um rio andando, para vacinar uma idosa contra a Covid-19.

O gesto foi registrado na cidade de São José de Espinharas, mais especificamente na Zona Rural do município - localizado no Sertão paraibano.

Lá foram vacinados a domicílio todos os idosos com comorbidades entre 80 e 89 anos na cidade. Ao menos 24 pacientes apresentavam as condições necessárias para receber as doses.

Contudo, a senhora seria a última a receber a dose por morar em local de difícil acesso. Em razão da condição, a enfermeira resolveu atravessar o rio caminando.

“Não dava para atravessar de carro para ir vacinar essa idosa e só faltava ela. O carro ficou me esperando, eu atravessei a pé e eu pedi a uma pessoa amiga da senhora para me pegar de moto do outro lado do rio para eu poder vacinar a senhora”.

Foto: Divulgação
Enfermeira paraibana Mayane Brito

 

A enfermeira Ana Kalini, recolhe pedras e assenta as mesmas em uma estrada de terra na zona rural de Pedra Branca, no interior do Ceará. A profissional da saúde teve de recorrer a essa estratégia para que o carro da equipe de vacinação conseguisse chegar a casa de um idoso de 102 anos. O caso ocorreu antes de ontem.

“O acesso é muito difícil, muito mesmo. E principalmente agora por conta das chuvas. Então, a situação ficou difícil. O carro era uma Hilux, mas mesmo assim a gente ainda não conseguia passar, porque o carro ficava escorregando, descendo. Então, foi o jeito a gente colocar aquelas pedras ali, porque não tinha como voltar, não tinha como fazer retorno”, revela Ana Kalini.

Além da enfermeira, a equipe de saúde era composta por uma assistente de saúde, duas técnicas de enfermagem e o motorista. A equipe foi vacinar Francisco Henrique de Lima, um idoso de 102 anos.

Uma enfermeira precisou empurrar a maca de uma paciente com Covid-19 em uma estrada, na Transamazônica, no Pará, devido ao bloqueio da rodovia por caminhoneiros que protestavam contra a quantidade de acidentes na região. O caso ocorreu em 12 de fevereiro deste ano.

A paciente, que é diabética e utilizava um cilindro de oxigênio para facilitar a respiração, estava sendo transferida para um hospital em uma ambulância. O trajeto foi interrompido por um bloqueio de carretas na rodovia.

A enfermeira, com ajuda de outras três pessoas, levou a maca para o acostamento da pista e em uma área de terra batida, com muita poeira, ela empurrou a maca e furou o bloqueio. A paciente estava sendo transferida para o Hospital Regional do Tapajós, que fica em Itaituba, à 150km de Rurópolis, município de onde vinham enfermeira e paciente.

Após a abertura da via pelas carretas, a paciente foi colocada na ambulância novamente e conseguiu chegar ao destino

OBS: 

Quando nos referimos a “enfermagem” o usual é tratar o profissional pelo gênero masculino

O enfermeiro se dedica a promover, a manter e a restabelecer a saúde das pessoas, trabalhando em parceria com outros profissionais – médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos, por exemplo. Este profissional é indispensável em hospitais, trabalha em clínicas e presta atendimento domiciliar.

No título da matéria colocamos “enfermeiras” pela grande predominância das mulheres no exercício desta atividade que também é exercida com dignidade por inúmeros enfermeiros.