Bancários protestam no Piauí; categoria pode iniciar greve

Conheça algumas das reivindicações da categoria

Chegando a reta final das negociações da Campanha Salarial dos bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a categoria bancária tem até sexta-feira (30/08) para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho, ou decretar greve do setor em o todo o país na próxima sexta-feira (30). Como forma de pressionar os bancos a apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria, os bancários do Piauí realizaram um protesto nesta quarta-feira (28/08), em frente a agência Caixa da praça Rio Branco, no Centro de Teresina.

A manifestação também é alusiva ao Dia do Bancário, e busca chamar a atenção para os problemas que a categoria enfrenta, como altos índices de adoecimento, metas excessivas, assédio, demissões, desvalorização e fechamento de agências. Temas que são reivindicados nas negociações com os banqueiros.

O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Gilberto Soares, explica que o Comando Nacional dos Bancários, que conduz as negociações com os bancos, tem a expectativa de até sexta (30/08) ter renovada a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria respeitando as reivindicações dos trabalhadores.

“Merecemos respeito! Os enormes lucros do setor bancário são frutos do trabalho das bancárias e bancários em todo o Brasil. Mas ainda assim, na mesa de negociações os banqueiros apresentaram uma proposta vergonhosa para o reajuste salarial, que não repõem seque a inflação, com perda real de 0,57%. Isso nós não aceitaremos de jeito nenhum. Nós merecemos respeito, valorização e um reajuste digno. Estamos mobilizados e, se preciso, decretaremos greve que é nosso direito legítimo", afirmou Gilberto Soares.

Conheça algumas das reivindicações da categoria

- Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
- Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
- E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
- Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
- Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
- Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
- Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
- Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
- Mais mulheres na TI;
- Combate à terceirização e garantia de empregos;