Ontem, Brasilia viveu momentos de tensão. Era dia de votação da Medida Provisória 1154/23, que previa a estrutura de ministérios do governo Lula.
Na terça (30), Câmara havia aprovado o Marco Temporal (Projeto de Lei 490/07), numa postuta clara contra o governo. O placar foi de 283 a 155.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou o que chamou de falta de articulação do governo federal. Segundo ele, havia uma “insatisfação generalizada” dos deputados federais com o governo. “Não há achaque, não há pedidos, não há novas ações, o que há é uma insatisfação generalizada dos deputados e, talvez, dos senadores com a falta de articulação do governo, e não de um ou outro ministro”, disse em entrevista à imprensa.
Mas o governo conseguiu reverter os animos e emplacou uma importante vitória. A estrutura de governo proposta por Lula foi aceita por ampla maioria dos deputados. O placar foi de 337 votos a favor e 125, contra.
Da bancada piauinese Lula obteve o elástico placar de 10 x 0. Todos os deputados federais do estato votaram com o governo.
Até oposicionistas tradicionais como Átila Lira e Júlio Arcoverde do partido de Ciro Nogueira, o PP, votaram a favor da proposta de Lula. Júlio Cesar (PSD) foi outro que votou com o governo. Apesar de no Piauí andar de braços dados com o PT; em Brasilia, Cesar posiciona-se sempre com rebeldia como na votação do Marco Temporal. Mas, ontem não.