A assistente social Bertha Victoria Kalva Soares, de 27 anos, foi velada na tarde deste domingo (24/11) no Cemitério Campo de Taguatinga. Após a cerimônia, seu corpo foi encaminhado para cremação em Valparaíso de Goiás. A jovem foi brutalmente assassinada na noite de sexta-feira (22/11), após oferecer carona a Edilson de Sousa Nascimento, de 35 anos. Ele está preso e será processado por feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime ocorreu entre 22h e 23h50. Edilson, que havia se mudado para o mesmo bairro da vítima há cerca de dois meses, simulou amizade para ganhar a confiança de Bertha. Na noite do assassinato, a jovem enviou uma mensagem à namorada informando que daria carona ao homem. Pouco depois, ela foi estrangulada e teve o corpo descartado em uma mata próxima. O suspeito ainda incendiou o veículo da vítima antes de fugir.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas do carro, e a polícia iniciou a investigação. Na manhã de sábado (23/11), Edilson foi localizado no Condomínio Bela Vista, em Ceilândia, e preso em flagrante.
Antecedentes criminais
Edilson possui histórico criminal por homicídio e estupro cometidos em 2013. Após mais de 10 anos de prisão, ele obteve livramento condicional em fevereiro deste ano, com uso de tornozeleira eletrônica. Apesar disso, documentos judiciais indicam que ele esteve foragido entre junho e agosto de 2021, após não retornar de uma saída temporária.
"Ela foi vítima do que mais defendia", diz a mãe
Iracira Márcia, mãe de Bertha, é professora aposentada e descreve a filha como uma jovem dedicada aos estudos e à luta por igualdade de gênero e contra a violência. “Minha filha queria evitar situações das quais ela mesma foi vítima. Ela sempre defendeu causas sociais e discutia questões de gênero e raciais”, disse.
Bertha mantinha um relacionamento amoroso com outra mulher e havia se mudado recentemente da casa da mãe para viver com a namorada. “Ela saiu para comprar cigarro e cerveja e deu carona ao Edilson. Depois, só soubemos da fatalidade”, lamentou Iracira, que ainda questiona a dinâmica dos fatos.
A PCDF segue investigando as circunstâncias e a motivação do crime.