Após parecer favorável de comitê, Lula decidirá sobre a volta do horário de verão

Medida visa otimizar o consumo de energia e reduzir custos durante o período crítico

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou na quinta-feira (19) o restabelecimento do horário de verão para este ano. Caso a medida seja adotada, os relógios seriam adiantados em uma hora após o segundo turno das eleições municipais.

A proposta visa deslocar o pico de consumo para horários com maior geração de energia solar, diminuindo assim a necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais custosas e poluentes. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou sobre a recomendação em uma coletiva de imprensa, afirmando que foi considerada prudente e viável.

“Foi recomendado pelo ONS e aprovado pelo CMSE um indicativo de que é prudente, que é viável e que seria um instrumento importante para a volta do horário de verão”, declarou Silveira.

No entanto, o ministro expressou dúvidas sobre a real necessidade da medida, assegurando que não há risco de falta de energia. Ele mencionou que outras alternativas, como o adiantamento de linhas de transmissão e ajustes na operação da usina de Belo Monte, ainda estão em análise.

A decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e levará em conta aspectos técnicos e políticos, considerando o impacto da medida na rotina da população. Silveira afirmou que a decisão deve ser tomada nos próximos 10 dias.

“Levo a recomendação sobre o horário de verão, mas com a condição de que continuaremos discutindo com técnicos esta semana e no início da próxima”, ressaltou.

O ministro também destacou que a adoção do horário de verão poderia resultar em uma economia de cerca de R$ 400 milhões durante seu período de vigência, além de representar uma redução de aproximadamente 2,5 gigawatts (GW) de energia diariamente durante os picos de consumo.