Anvisa orienta sobre riscos de consumo de fórmulas infantis

Agência também explica formas de comunicar efeitos adversos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre o uso seguro de fórmulas infantis, recomendando cautela na compra desses produtos, especialmente os importados via comércio eletrônico, devido à dificuldade em verificar sua origem e regularização.

As fórmulas infantis, que podem ser líquidas ou em pó, são projetadas para atender às necessidades nutricionais de lactentes e crianças pequenas. É essencial que esses produtos tenham registro na Anvisa, sendo utilizados somente sob prescrição de um profissional de saúde qualificado, como pediatra ou nutricionista.

Classificação e regularização

As fórmulas infantis são classificadas em:

- Alimentos para lactentes (0 a 6 meses)
- Fórmulas de seguimento (6 a 12 meses)
- Alimentos para crianças de primeira infância (1 a 3 anos)

Antes de sua importação ou venda, essas fórmulas devem ser registradas na Anvisa. Os consumidores devem garantir que adquiram apenas produtos de procedência conhecida, verificando o número de registro no rótulo e consultando a base de dados da Anvisa.

Uso seguro das fórmulas

A Anvisa enfatiza que o uso de fórmulas infantis deve ocorrer sob orientação de um profissional de saúde. O aleitamento materno é recomendado até os dois anos de idade ou mais, com exclusividade até os seis meses.

Os consumidores devem:

- Ler atentamente as instruções de preparação no rótulo.
- Higienizar corretamente utensílios como mamadeiras e colheres.
- Diluir as fórmulas na quantidade e temperatura adequadas (70ºC) para minimizar riscos de contaminação por microrganismos como Cronobacter e Salmonella.

Relato de eventos adversos

A Anvisa orienta que qualquer evento adverso relacionado ao uso de fórmulas infantis deve ser comunicado à empresa responsável, cujos contatos estão disponíveis no rótulo, e também pode ser notificado à Anvisa.

Qualquer cidadão, consumidor, profissional de saúde ou representante de empresas pode reportar irregularidades. Para isso, é importante fornecer informações detalhadas, como:

- Nome do produto
- Marca
- Fabricante
- Lote
- Datas de fabricação e validade
- Número de registro

Os usuários podem anexar imagens do produto, rótulo ou embalagem ao formulário de notificação e devem descrever minuciosamente os eventos adversos observados.