Aguns fatos que explicam o crescimento do PIB do Piauí

Esse crescimento da economia piauiense é resultado de uma combinação de uma série de fatores complexos, do ponto de vista econômico, social e político

Foto: NordesteNews
A pujança das usinas eólicas no Piauí é um dos retratos do desenvolvimento econômico

 

Por Sérgio Fontenele, jornalista, no NordesteNews 

A notícia de que o Piauí é o segundo estado brasileiro com maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 2010 a 2022, entre todas as 27 unidades federativas do Brasil, divulgada pelo site globo.com, com 34,5% de expansão da sua economia, foi comemorada pelo secretário da Fazenda, Rafael Fonteles. E deveria ser também comemorada não só pelas autoridades do Governo do Estado, mas por toda a população piauiense. Rafael Fonteles, coordenador do PRO Piauí, destacou o fato como prova de que estamos no caminho certo.

Não acontece por acaso um fato extraordinário como esse, conseguido pelo Piauí, um estado que até o início dos anos 2000, se manteve como o mais pobre do Brasil, motivo de chacota nacional, por décadas e décadas a fio, sob o poder da chamada oligarquia, as famílias tradicionais. Os grupos oligárquicos que se perpetuaram e se locupletaram no poder, condenaram a grande maioria do povo piauiense – entre 70 a 80% – ao completo abandono, à pobreza e extrema pobreza, à quase que absoluta falta de oportunidades.

As chamadas oligarquias que dominaram o poder no Piauí, com base no coronelismo, nos currais eleitorais e no tipo de assistencialismo mais abjeto, por exemplo, trocando dentaduras, cestas básicas e cadeiras de roda por votos, usaram o poder em seu proveito próprio, se apropriaram do dinheiro público. É o chamado patrimonialismo. E usavam a máquina pública como instrumento de enriquecimento ilícito, obviamente, condenando o estado ao crônico subdesenvolvimento.

Esse crescimento vigoroso da economia piauiense é resultado de uma combinação de uma série de fatores complexos, do ponto de vista econômico, social e político. Pode-se apontar a exploração dos cerrados pelo agronegócio, que tornou o Piauí num gigantesco produtor de grãos, na esteira do boom mundial das commodities como a soja. Mas é relevante destacar que esse crescimento vertiginoso da economia piauiense se deve a fatores como a ascensão dos governos petistas de Lula, Dilma Rousseff e Wellington Dias.

A partir da ascensão do PT nas esferas estadual e federal, foram implantadas políticas econômicas desenvolvimentistas, voltadas não apenas ao crescimento da economia puro e simples, mas com o diferencial das políticas públicas de inclusão social, com investimentos maciços em educação e distribuição de renda. Com infraestrutura sendo implantada em larga escala, por exemplo, nas estradas, pontes, aeroportos, parcerias público-privadas. 

E ainda a busca incessante pela atração de investimentos diretos, públicos e privados, para explorar potencialidades econômicas, nunca antes exploradas, como a geração de energia renovável, turismo, cultura, serviços, mineração, comércio, etc. Por isso, Rafael Fonteles ressalta que as políticas econômicas dos governos do PT estão no caminho certo, levando o Piauí a impensáveis patamares de crescimento de seu Produto Interno Bruto, que vai crescendo, ao contrário do Brasil, que desde o golpe que derrubou Dilma, retrocedeu e encolheu.