A entrevista de Fábio Novo à Rádio Pioneira de Teresina

Joel Silva e Lídia Brito entrevistaram Fábio Novo

 

Foto: Montagem pensarpiaui
Fábio Novo na Rádio Pioneira

O deputado estadual Fábio Novo, pré-candidato à prefeitura de Teresina pelo Partido dos Trabalhadores foi entrevistado na manhã desta segunda-feira (3), pelo Jornal da Pioneira, programa da Rádio Pioneira, apresentado pelos jornalistas Joel Silva e Lídia Brito. 

A entrevista tocou em uma série de temas, mas as recentes denúncias realizadas pela chapa comandada por Sílvio Mendes, aonde um aliado de Fábio estaria supostamente tentando cooptar apoio político adversário teria vazado norteou o debate. Para Novo, a sequência de processos ajuizados contra ele denota o desespero político que se passa do outro lado. 

“Não procede [a denúncia]. Eu tenho quatro mandatos de deputado estadual e nunca fiz política de assediar liderança. O que tem é desespero do meu principal concorrente. Ele não conseguiu montar as chapas e não deu a atenção necessária. O candidato adversário caiu muito nas pesquisas, ele caiu sete pontos. Isso vem no sentido de ter uma cortina de fumaça no momento em que o Fábio Novo encosta, cola, empata e em alguns institutos esta à frente. Eu acho que a gente tem que discutir Teresina”, disse Fábio Novo. 

Ao longo da pré-campanha são cinco ações ajuizadas – e todas vencidas - por Fábio Novo. Em um primeiro momento, não se poderia discutir política na Assembleia Legislativa. No outro, um deputado não poderia visitar obras cuja emenda partiu de seu gabinete. O recado é claro: eleição no tapetão não existirá

“Se alguém falou no meu nome, ligado a assédio, não está autorizado, não é da minha natureza, eu não faço isso. Agora, eu quero discutir é Teresina, vamos discutir aqui os projetos para a cidade. Agora, se quiser ganhar eleição no tapetão, comigo não vai ser. Comigo vai ser discutido proposta para a cidade”, ressaltou.

Disposição

Andar por Teresina é uma tarefa que exige muito. Os mais de 133 bairros da capital piauiense têm, cada um sua peculiaridade e uma infinidade de obras a serem feitas. Ruas por asfaltar, escolas por estruturar, praças a voltarem a ser espaços públicos de convivência. Fábio Novo andou por esses locais duas vezes. É esta disposição que o pré-candidato enaltece ao ser questionado sobre as diferenças e vantagens entre os concorrentes. 

“A vantagem que eu tenho em relação ao meu principal concorrente é a disposição. Acordar cedo, ir para a rua. Quando eu comecei, apenas 6% dos teresinenses votavam no Fábio, hoje passa de 40%. Quem quer governar Teresina precisa descer do altar e caminhar por todos os bairros. As condições são essas. As do meu partido, são menores que a do União Brasil. Eles têm muito mais fundo partidário. Mas se você ficar numa rede com preguiça e não for caminhar para ouvir a cidade, a população não vai entender que você merece ser o próximo gestor se ficar deitado. Eu faço 12 agendas por dia, ele faz uma”, ressalta.

Tarifa-zero 

O transporte público de Teresina, ou a falta dele, não é uma novidade nas discussões de ninguém e no período eleitoral, este tema sempre virá à tona para debate. Com 200 ônibus rodando na capital em um orçamento de R$ 30 milhões/ano, a proposta de uma gestão Fábio Novo é a implementação de tarifa-zero a partir da renovação da frota para ônibus elétricos, com recursos de deputados, senadores e R$ 100 milhões aprovados para a capital via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

“Qual é a nossa proposta: Teresina arrecada por ano R$ 5 bilhões e gasta com transporte, por ano R$ 30 milhões, é muito pouco. São R$ 30 milhões para manter 200 ônibus circulando. Se nós dobrarmos para R$ 60 milhões, vamos voltar a ter 400 ônibus. Primeiro ano da gestão, vamos garantir orçamento para que rodem 400 ônibus, para isso eu vou ter que ter R$ 60 milhões. Neste primeiro ano, estudante da rede municipal e estadual não pagará mais a meia passagem, o governo do estado tem uma lei aprovada sobre isso. Segundo ano, uma frota nova, com 100 ônibus elétrico, a gente baixa a passagem para R$ 3,00. No ano seguinte, mais 100 ônibus, a passagem baixa novamente. No último ano, mais 100 ônibus e nós garantimos a tarifa zero. É um cálculo simples a se fazer”, disse Fábio Novo.