7 de Setembro: caravanas de todas as regiões começam a chegar ao DF

Caravanas vêm especialmente de estados vizinhos, como Goiás, Bahia e Minas Gerais. Empresários do agro estão custeando os ônibus

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Caravanas de todas as regiões

Os militantes que atenderam ao chamado do presidente Jair Bolsonaro (PL) já começam a chegar a Brasília para o ato político que vai ocorrer durante e após o desfile militar que celebra os 200 anos da Independência do Brasil. A maioria chega em caravanas que partem de todas as regiões do país, mas principalmente de estados vizinhos à capital, como Goiás, Bahia e Minas Gerais.

Há caravanas vindo de cidades como Salvador, Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia; Vitória e Guarapari, no Espírito Santo; Imperatriz, no Maranhão; Água Boa e Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso; Belo Horizonte, Governador Valadares e Uberlândia, em Minas Gerais; Conceição do Araguaia, no Pará; e Porto Velho, em Rondônia.

Não há uma coordenação central dessas caravanas, mas militantes bolsonaristas calculam que há entre 300 e 600 ônibus que já chegaram ou estão a caminho do DF. Se cada veículo carregar 45 pessoas, seriam, no mínimo, 13,5 mil visitantes de outros estados para celebrar o feriado em Brasília e mostrar apoio à reeleição do presidente.

As caravanas goianas saem principalmente da capital, Goiânia, e da região sudoeste do estado, onde o agronegócio é mais forte. Se em estados mais distantes o investimento de cada militante no transporte pode superar os R$ 300, o valor da passagem para caravanas de Goiânia ou Anápolis gira em torno de R$ 40.

No caso de cidades mais distantes, como Mineiros, município a mais de 600 km de Brasília, empresários do agro estão custeando os ônibus. O mesmo ocorre em cidades do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Veja postagem feita na segunda (5/9) por militante em caravana que saiu do estado mais ao sul do país para enfrentar cerca de 3 mil km de estrada até a capital:

 

Caminhoneiros tentam entrar na Esplanada

Além das caravanas há tembém os caminhoneiros. Um grupo instalado ao lado do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade negou envolvimento político no ato que antecipou o bloqueio do trânsito na Esplanada dos Ministérios pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na noite da segunda-feira (5/9). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma grande fila de ônibus, motorhomes e caminhões desfilando pelo centro de Brasília. O bloqueio foi montado na altura da Rodoviária do Plano Piloto, por volta das 20h30, e proibiu o trânsito de todos os veículos. No cronograma inicial da corporação, o tráfego só seria interrompido às 17h desta terça-feira (6/9).

De acordo com Debora Alves, uma das organizadoras da 2ª Caravana da Integração Nacionalcerca de 50 caravaneiros vieram do país inteiro para o evento que segue até quarta-feira (7/9).

Esplanada amanhece bloqueada para o trânsito de veículos

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) antecipou o bloqueio do trânsito na região. A corporação proibiu o tráfego de todos os veículos. O bloqueio foi montado na altura da Rodoviária do Plano Piloto.

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Esplanada amanhece bloqueada para o trânsito de veículos

 

Os veículos particulares, como ônibus, caminhões, motorhomes, carros e tratores, estarão proibidos de ocupar a Esplanada dos Ministérios, onde ocorrerá o desfile, e as forças de segurança do DF definiram três pontos principais para abrigar os grandes veículos: o Parque Leão, no Recanto das Emas; o Parque de Exposições da Granja do Torto, entre Sobradinho e Plano Piloto; e os estacionamentos do Parque da Cidade, na Asa Sul. Desde o fim de semana.

Esquema de segurança

Um protocolo de ações foi elaborado pelo governo local e pelas forças federais após uma série de reuniões com integrantes de órgãos federais e distritais. A estratégia foi traçada com base em levantamentos de inteligência. Foram levadas em conta a segurança de participantes, a mobilidade urbana e a preservação do patrimônio público.

Além de intervenções no trânsito, o documento prevê ações de policiamento, relação de objetos proibidos, reforço nos atendimentos de emergência e de delegacias específicas para registro de ocorrências.

O monitoramento das áreas envolvidas ocorrerá em tempo real, por meio das câmeras distribuídas na área central de Brasília, por pontos de observação instalados pela segurança pública em locais estratégicos e pela inteligência, com supervisão de redes sociais, entre outros.

Atiradores de elites, os snipers, também deverão fazer parte do policiamento, conforme anunciou a Secretaria de Segurança do DF, que também vai instalar barreiras antidrones na região central.

Com informações do Metrópoles