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Zambelli criou mandado de prisão falso contra Moraes

A denúncia aponta que Delgatti emitiu o arquivo que determinaria a prisão de Moraes em seu computador a mando de Zambelli

Foto: ReproduçãoWalter Delgatti, Carla Zambelli e Alexandre de Moraes
Walter Delgatti, Carla Zambelli e Alexandre de Moraes

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou a denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto no caso da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No documento, a PGR anexou um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (PGR).

A denúncia aponta que Delgatti emitiu o arquivo que determinaria a prisão de Moraes em seu computador a mando de Zambelli, que recebeu o mesmo documento uma hora depois.

Ambos enfrentam acusações por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Segundo a PGR, os arquivos têm o mesmo código, sugerindo troca entre os acusados.

O procurador-geral Paulo Gonet afirma que Zambelli desempenhou um papel central na prática dos crimes, visando criar um “ambiente de desmoralização da Justiça Brasileira” para obter vantagens políticas.

“A denunciada Carla Zambelli exerceu papel central na prática dos delitos relatados. Ela arregimentou o executor dos delitos, Walter Delgatti, mediante promessa de benefícios, com o objetivo de gerar ambiente de desmoralização da Justiça Brasileira, para obter vantagem de ordem política, propondo-se, desde o princípio, à invasão a dispositivo informático, que, afinal, determinou, participando ativamente de produção de ordem judicial ideologicamente falsa”, afirmou Gonet.

A defesa de Zambelli, representada pelo advogado Daniel Bialski, refuta as acusações, argumentando falta de provas concretas de envolvimento da deputada. O inquérito policial indica que a invasão ao sistema do CNJ ocorreu em 2022, e o acesso foi feito por Delgatti, que inseriu documentos falsos no banco de dados.

Zambelli alega ter repassado dinheiro a Delgatti apenas para melhorias em suas redes sociais, negando qualquer participação na invasão.

Com informações do DCM

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