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Acampamento Terra Livre tem início nesta segunda-feira (22)

A ação, em seu vigésimo ano, quer discutir com Lula e o STF sobre a política indígena sob o lema "Nosso marco é Ancestral".

Foto: Leopoldo Silva/Agência SenadoAcampamento Terra Livre segue até a sexta-feira (26). 'Sempre estivemos aqui', ratificam as organizações
Acampamento Terra Livre segue até a sexta-feira (26). "Sempre estivemos aqui", ratificam as organizações

Esta segunda-feira (22) marca o início do Acampamento Terra Livre (ATL). Maior mobilização dos povos originários, a expectativa é que pelo menos 8 mil indígenas de todo o país e vizinhos estejam em Brasília.

O encontro, que tem como mote o tema “Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui”, traz à tona a luta originária contra o Marco Cultural. Até a sexta-feira (26), dia da grande marcha que encerra a ação, lideranças e demais representantes ficarão acampados no Eixo Cultural Ibero-Americano, antes Funarte.

Atualmente, o Brasil reúne cerca de 1,7 milhão de pessoas indígenas, o que representa apenas 0,83% da população, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mudança

De acordo com o Brasil de Fato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado a participar do evento. Em 2022, ainda como pré-candidato e no ano passado, já empossado enquanto chefe do Executivo. Mas, neste ano há uma mudança.

“Essa é uma novidade deste ano. Não convidamos [Lula] para vir ao acampamento, mas enviamos uma carta solicitando que o presidente Lula receba os povos indígenas no Palácio do Planalto como uma espécie de retribuição às suas duas visitas no nosso Acampamento Terra Livre”, disse Kleber Karipuna, membro da coordenação-executiva da Articulação Nacional dos Povos Indígena do Brasil (Apib).

Há o reconhecimento do avanço das pautas indígenas nestes 16 meses de governo, mas o movimento precisa de mais respostas. Portanto “a gente espera ainda muito mais do atual governo em relação a tudo que foi comprometido a fazerem para os povos indígenas”, ressaltou Karipuna.

Além do diálogo com Lula, um dos focos do 20º ATL é pressionar o Supremo Tribunal Federal a ter atitudes em relação a proposta de marco temporal. Apesar de ser considerado inconstitucional perante a corte, a tese segue em vigo, alterando assim os critérios de demarcação de territórios indígenas.

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